terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quinta do Carmo Reserva 2005 x Quinta da Garrida Touriga Nacional 2001

Dando continuidade a nossa semana etílica que foi bastante corrida, após participarmos do Ingá Wine Festival na quarta-feira, fomos aproveitar o final de semana na casa de nossos amigos Jr e Luciana em João Pessoa, que foi regado a vinhos portugueses. Na sexta-feira não houve um critério específico de escolha para os vinhos degustados, eles eram de regiões distintas e composições diferentes. Confessamos que esperávamos muito mais deles, principalmente pelos comentários e notas atribuídas pela Revista de Vinhos de Portugual, que acompanhamos com regularidade. O Quinta da Garrida Touriga Nacional 2001 recebeu a nota 17 da mencionada publicação e sua descrição era a de um vinho já pronto para ser bebido, sendo importante mencionar que a prova havia sido realizada aproximadamante três anos atrás. Não foi a impressão que tivemos, pois o vinho ainda estava tânico e adstringente, precisando de mais tempo na garrafa, apesar de seus nove anos. Quanto ao Quinta do Carmo Reserva 2005, também houve a mesma decepção, já que este vinho recebeu a nota 18 na safra 2004 e 17 na safra 2005 que foi por nós degustada. As descrições de ambos os vinhos remetiam a um complexidade que não foi encontrada, devendo ser feita apenas uma ressalva: as taças do restaurante certamente interferiram na percepção dos aromas dos vinhos. O formato delas não colaborou e os aromas pareciam inibidos. Nestas ocasiões é que podemos notar o despreparo do setor aqui no Brasil. Sem falar na rolha, que apesar de não ser cara, tinha o seguinte critério (ou ausência): R$ 15,00 para vinho nacional e R$ 30,00 para vinho importado. Ficamos pensando que se levássemos um reservado chileno de R$ 15,00 e um Storia (Casa Valduga) 2005 de R$ 150,00/R$ 180,00, a rolha do vinho nacional seria a mais barata, o que não faz o menor sentido. Esperamos que uma dia estejámos livres deste tipo de visão restrita que impede o crescimento do setor em nosso país.  Voltando ao que foi degustado, ressalvada as limitações do instrumental, tivemos as seguintes impressões dos vinhos degustados:

Quinta da Garrida 2001
Cor rubi escuro com tom atijolado, com halo de evolução. Aroma fechado, madeira, nota terrosa, fruta seca. Na boca bastante adstringente, tânico, mais rústico, apesar da idade ainda tem chão pela frente.
Classificação Vinho por 2: bom
País: Portugal
Região: Dão
Uva/Corte: Touriga Nacional
Teor alcoólico:
Preço: R$ 50,00
Degustado em: 03 de setembro de 2010
Link:http://www.alianca.pt/pt/vinhos/vinhos/scripts/core.htm?p=vinhos&f=vinhos&lang=pt

Quinta do Carmo Reserva 2005
Cor rubi escuro com tons violeta, brilhante e sem halo de evolução. No aroma madeira fina e fruta doce. Na boca bom corpo com leve adstringência e amargor no final que incomoda um pouco.
Classificação Vinho por 2: bom
País: Portugal
Região: Alentejo
Uva/Corte: Aragonês 50%, Cabernet Sauvignon 29% e Syrah 21%
Teor alcoólico: 14,00%
Preço: R$ 200,00
Degustado em: 03 de setembro de 2010
Link:http://www.bacalhoa.com/pt/vinhos/show/scripts/core.htm?p=vinhos&f=show&lang=pt&idcont=106

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