segunda-feira, 23 de abril de 2012

Familia Zuccardi

O passeio pela Zuccardi foi muito interessante, tivemos a oportunidade de observar os contrastes entre a produção de uma vinícola boutique (havíamos acabado de sair da Achaval Ferrer) e uma bodega totalmente comercial com uma produção massiva. Para a produção do Santa Julia vimos caminhões descarregando toneladas de uvas (nada de caixas pequenas com peso controlado) na base da pá, assim como chips de carvalho utilizados para transmitir características da madeira ao vinho. 


A guia que nos recebeu era bastante despreparada e pouco conhecia sobre a vinícola e seus vinhos. Ela chegou ao ponto de dizer que as uvas eram colocadas no tanque de fermentação e que a diferença na produção de tintos, brancos e rosé seria o tempo em que ficavam em contato com a pele da uva. Como assim??? Esta informação está totalmente equivocada. O certo é que para a produção de vinho branco não há contato do sumo com a casca da uva, até porque é possível fazer vinho branco a partir de uvas tintas! Despreparo grave! Dentro deste contexto de comparações é que valeu a pena visitar a Zuccardi, ficando a lição de que em regra produtores menores normalmente são mais proveitosos. A Zuccardi está no rol das que não recomendamos e nem iremos voltar. Porém, nem tudo estava perdido, temos que ressaltar que o ponto alto da visita foi ter a oportunidade de apreciar as pinturas e obras de artes que ficam instaladas no salão de degustação. De fato, tudo muito bonito e de bom gosto.
  

No fim da visita, tivemos mais uma decepção: saber que a degustação seria da linha Santa Julia, tanto que nem tomamos nota dos vinhos. A Zuccardi trabalha muito mal as opções de degustações pagas. Por exemplo: para degustar o Zeta, que é o topo de gama deles, era necessário pagar duzentos pesos argentinos, quando uma garrafa inteira custava duzentos e sessenta. Por isso, paramos no Santa Julia mesmo, que não agradou nem um pouco. Da Zuccardi não vamos nem comentar o que provamos.

2 comentários:

  1. Mesmo assim, o Zucardi Zeta foi considerado em uma degustação comandada por Marcelo Copello como o melhor Argentino. Como não levo essas degustações a sério, fico com a pequenas produções, bodegas menores que falam com o consumidor, como Carmelo Patti, Ricardo Santos...

    Jacques

    ResponderExcluir
  2. Olá Jacques!

    Como dissemos no post, não tivemos oportunidade de provar o Zeta. A Zuccardi não facilitou nem um pouco.

    Infelizmente, nem dá para falar sobre o vinho, embora não acreditamos que esteja dentre os topos de gama da Argentina.

    Durante o período em que estivemos por lá ouvimos ótimos comentários sobre Carmelo Patti.

    Em um próxima viagem para Mendoza, será um visita certa!

    Abraços.

    ResponderExcluir