sábado, 21 de abril de 2012

Vinho, Gastronomia e Música no Ferreiro Premium: Bodegas Emilio Moro e Cepa 21

Na quarta-feira, dia 11 de abril, fomos convidados para participar de um jantar harmonizado ao som de jazz (e muito vinho) no restaurante Ferreiro Premium, Maykel infelizmento não pode comparecer. A importadora Licínio Dias, responsável pela realização do evento, trouxe o gerente de exportação das vinícolas espanholas Bodegas Emilio Moro e Cepa 21 (projeto moderno e minimalista, que tem como um dos sócios o ex-jogador Ronaldo Nazário), Nacho Andrés, que apresentou os vinhos degustados. Para acompanhá-los foi elaborado um cardápio especial por dois chefs pernambucanos renomados Aníbal Fernandes (Chiwake) e Duca Lapenda (Pomodoro Café). De acordo com as informações fornecidas por Nacho Andrés, no terroir onde estão as vinhas da Emilio Moro predomina um solo de calcário, enquanto que no da Cepa 21 o solo é argiloso e a altitude dos vinhedos oscila entre 750 e 850 metros. Os vinhos desgustados na ocasião foram:

Finca Resalso 2009: Gostei bastente de provar novamente o Finca Resalso. A safra 2009 tirou a má impressão da 2004, já comentada aqui no blog. É um bom vinho, fácil de degustar, principalmente se considerarmos que é o de entrada da vinícola. Estagiou por 4 meses em barricas de carvalho francês, obteve 90 pontos de Robert Parker. Nos aromas destaque para fruta vermelha e uma nota herbácea, que não chegou a incomodar. O prato servido para acompanhar o Resalso foi bem interessante, uma mistura de doce e salgado, tendo sido elaborado pelo chef Duca Lapenda. Consistia em cones crocantes de massa phillo recheados com chocolate amargo, flor de sal, mousseline de arroz de chouriço, acompanhados de brotos frescos e creme de ervilhas frescas.

Hito 2008: Este exemplar, que passou por 8 meses em barricas de carvalho francês, para mim foi o segundo melhor vinho da noite e o primeiro no quesito custo x benefício. Nos aromas pude verificar fruta vermelha e madeira muito elegante, com notas defumadas. Na boca era encorpado, mas muito macio. O prato que acompanhou este vinho foi uma carne vermelha com alho poró. Da mesma vinícola, também pude provar o Cepa 21. Este rótulo passa por um repouso de 14 meses em barricas novas de carvalho americano e francês. Ele mostrou  aromas de frutas vermelha, notas de café, madeira presente e o álcool um pouco aparente, talvez estivesse fora da temperatura correta. Este rótulo recebeu 90 ponto de Robert Parker.

Emilio Moro 2006: Estagiou por 12 meses em barricas de carvalho americano e francês. Nos aromas era frutado, com notas de fumo. Na boca mostrou bom corpo e uma acidez mais elavada que os demais exemplares da prova. Para este vinho foi servido um Confit de Galinha D'Angola com Jamón Serra em Caixa de Batata, preparado por Duca Lapenda. Uma opção bem exótica.

Emilio Moro Malleolus 2006: O predileto da noite. Estagiou por 18 meses em barricas de carvalho francês de primeiro uso. Complexo nos aromas, com destaque para fruta vermelha, especiarias (notas condimentadas e de pimenta do reino), defumado e baunilha. Na boca boa estrutura e final longo. Para os que gostam das pontuações recebeu nota 93 de Robert Parker. Sem dúvidas uma noite bastante agradável

3 comentários:

  1. Li este post agora e quero perguntar o que eu faço para sanar esta minha vontade louca de tomar um vinho hoje, em plena terça?!?! Só vou ler o blog agora nos finais de semana! kkkkkkk
    Beijos!

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  2. Que bom que gostou da postagem!

    Os vinhos da Emilio Moro e Cepa 21 são muito bem feitos.

    Relamente dá vontade de abrir uma garrafa em plena terça.

    Abraços

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  3. Abrimos dois espumantes... muito merecidos depois de tantos dias de agonia, cansaço e preocupações!
    Saudades de tomarmos vinhos juntos!!
    Beijos.
    Lícia

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