domingo, 10 de junho de 2012

Belasco de Baquedano

Depois de uma longa pausa vamos retomar as postagens sobre a viagem que fizemos para Mendoza, falando sobre a Belasco de Baquedano. O certo é que a análise de seus vinhos ficou totalmente prejudicada em razão da prova que fizemos na vinícola anterior, a Viña Cobos. A diferença de qualidade era tão grande que alguns confrades decidiram não provar os vinhos oferecidos na degustação que já estava paga. Por isso, para não sermos injustos, vamos colocar os links dos vinhos Rosa de Argentina, Loan, AR Guenota, Swinto e Antracita, que degustamos na viagem anterior, e que foram analisados com maior isenção.


Uma pena foi o fato de que o Antracita, talvez o melhor vinho deles, feito com a colheita tardia da uva Malbec (foto ao lado), estava esgotado e não pudemos prová-lo. O Swinto, topo de gama da Belasco de Baquedano, retomando as inevitáveis comparações, talvez possa enfrentar, no máximo, o Felino Malbec da Vinã Cobos. Por isso, realmente não dá para falar sobre os vinhos, mas tão somente comentar a estrutura da vinícola. Uma pergunta ficou no ar nessa última visita à Belasco de Baquedano: Como uma vinícola com uma excelente estrutura e, aparentemente, de um grupo de grandes recursos financeiros produz vinhos que estão bem longe do que melhor se produz em Mendoza?

Talvez a resposta possa estar nas vinhas ou, muito provavelmente, na insatisfação do pessoal que trabalha por lá. Da primeira vez que estivemos por lá (vide link), a visita foi muito bem conduzida pela guia que nos acompanhou, mas nesta última o responsável pela visitação se limitou a nos jogar na sala de degustação (por sinal o ponto alto da bodega). Ele não teve a menor intenção de passar qualquer detalhe sobre a história e estrutura da Belasco. Como nós já havíamos feito a visita anteriormente resolvemos fazer algumas perguntas para que os demais confrades pudessem conhecer um pouco mais da vinícola, mas este esforço foi em vão, já que as respostas foram limitadas e apressadas. Depois ficamos sabendo (pelo menos este é o comentário em Mendoza) que a Belasco paga muito mal aos seus funcionários, de modo que poucos têm interesse em trabalhar por lá. Pode ter sido apenas falta de sorte, mas a diferença para a primeira visita foi enorme. Mesmo com a única sala de aromas da América Latina, ficamos na dúvida se vale indicar a visitação. O fato é que nós não voltaremos! Passados os dissabores, terminamos sendo recompensados com bons vinhos e um excelente almoço na Ruca Malen que vai ser objeto da próxima postagem sobre Mendoza.

Um comentário:

  1. Fui tambem ao Belasco.Achei a sala dos Aromas fantastica, porem mal explorada pela vinicula funcionarios.
    O que tenho que acrescentar na minha vizita e que achei um absurdo. Ficamos de almoçar na vinicola, porem não foi estava com fome. Como não almocei, não degustei os vinhos da casa, pois apenas faz a degustação que paga o almoço completo com 5 paços.
    Conclusão - não almocei, não degustei os vinhos, não comprei nenhum, não volta mais na vinicola.
    Tem varias muito velhores que esta.

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