sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Montes Folly 2005

Quando surgiu a ideia de produzir um Syrah "super premium" a intuição de Aurélio Montes o levou a plantar esta cepa nas encostas dos vinhedos de altitude mais elevada. Os vinicultores convencionais consideraram uma insensatez plantar a Syrah nas referidas encostas, onde haveria um custo muito alto para realizar o manejo do vinhedo. Por isso o vinho se chama "Folly", que no inglês significa insensatez e, ainda, construção dispendiosa, considerada inútil. O Montes Folly é cultivado nas encostas mais altas da "La Finca de Apalta", no Vale de Apalta, que possui uma inclinação de 45 graus. Os rendimentos do vinhendo são limitados a 4 toneladas por hectare, com uvas muito menores e mais concentradas que nos parreirais mais baixos. Para aumentar a concentração do vinho é realizada uma sangria de 20% do mosto. Ele é envelhecido durante 18 meses em 100% barricas novas de carvalho francês. Não há colagem, apenas uma leve filtragem antes do engarrafamento. A produção está limitada em 9.000 garrafas. Quando degustado apresentou cor rubi escuro com tons atijolados. Nos aromas foi possível sentir notas herbáceas, frutas vermelhas maduras e madeira muito bem integrada. Na boca mostrou bom corpo e boa acidez. Em razão do nível da prova, vai levar um bom menos. Para os que gostam das pontuações, cabe mencionar que ele recebeu nota 94 da Wine Spectator, embora nos pareça um exagero, já que os aromas herbáceos terminam por incomodar.
Classificação Vinho por 2: Bom (-)
País:Chile
Região: Vale de Apalta 
Uva/Corte: Syrah 
Teor alcoólico: 15,00%
Preço: R$ 350,00
Degustado em: 11 de agosto de 2012

3 comentários:

  1. Poxa vida, que decepção...
    Lá na Montes bebi o Purple Angel, Carmenère com leve corte de Verdot, e achei muito bom.

    Abraços.

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  2. Felipe, o nosso amigo Serpa, que também participou desta degustação, já foi até a Montes.

    Ele, infelizmente, também teve a mesma impressão.

    Até agora não provamos um rótulo da Montes que não fosse herbáceo.

    O Gravas, da Concha Y Toro deu um banho nele.

    Acho que os vinhos são muito bem feitos, mas o estilo é que não nos agrada.

    É uma questão mais pessoal.

    Nós preferimos os tintos argentinos.

    Abraços

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  3. É, confesso que conheço poucos grandes Chilenos, mas conheço alguns grandes Argentinos, e também prefiro os Argentinos de um modo geral. Mas esse Gravas eu namoro há um tempinho já.
    Gosto bastante do Syrah (Shiraz) Australiano, e já bebi dois da Africa do Sul que também deram o que falar.

    Abraços!

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