sábado, 8 de dezembro de 2012

Vinhos para a Ceia de Natal

Mais um Natal se aproxima. Tempo de festa, celebração e muita comida. Momento bem oportuno para o vinho estar presente em nossas mesas. Dessa vez a foto que está ilustrando este post foi batida na última ceia Natalina que fizemos em nossa casa. A mesa foi bem mais farta do que a fotografia mostra. O detalhe é que esta foto foi tirada antes dela estar completa e ter sofrido um pequeno acidente doméstico, que não estragou o nosso Natal. A mesa literalmente pegou fogo! Por isso, fica a dica: velas e mesa de Natal não harmonizam muito bem! Voltando ao nosso assunto, o importante para casar vinhos com as comidas Natalinas é nunca esquecer as regras básicas de harmonização, que são válidas na maioria das ocasiões. Devem ser adotados, inicialmente, pratos e vinhos mais leves e menos complexos, para que gradativamente eles ganhem peso e complexidade. 

Antes da ceia se costuma petiscar bastante com queijos, frios, patês, geleias, torradas e pãezinhos. Evidentemente, a escolha dos patês e dos queijos, nessa sequência harmonizada, deve dar preferências para os alimentos de menor peso, para que posteriormente possam ser degustados os vinhos mais encorpados ou mais complexos.

No ano de 2010 fizemos uma compilação dos tipos de vinhos que poderiam ser harmonizados com os mais diversos tipos de queijos, que vale conferir mais uma vez:

"Para auxiliar na escolha do vinho que irá combinar com as possíveis entradas, das quais uma grande parcela é composta de queijos, vamos mencionar um pequeno trecho da relação enumerada no livro "Harmonização", de Euclides Penedo Borges,  cuja leitura recomendamos. Optamos por citar aqueles que estão mais presentes em nosso cotidiano: Brie (branco encorpado, Meursault, Chardonnay), Camembert (tinto seco maduro, Pomerol, Chambertin), Catupiry (tinto leve frutado, Gamay, Merlot Gaúcho), Emmental (tinto maduro robusto, Barolo Hermitage), Gorgonzola (tinto doce denso, Porto, Recioto, Banyuls), Gouda (tinto seco maduro, Bordeaux, Cabernet) Grana (tinto seco encorpado, Anglicano, Amarone), Minas Frescal (branco leve, Riesling Itálico, Trebbiano), Minas Curado (tinto frutado, Merlot Serra Gaúcha), Mussarela (tinto seco de bom corpo, Chianti, Sangiovese), Parmesão (tinto seco encorpado, Gattinara, Amarone), Prato (tinto leve frutado, Merlot, Pinot Noir Novo Mundo), Provolone (tinto seco encorpado, Barolo, Amarone), Ricota (branco seco leve, Soave, Frascati, Orvieto), Roquefort (branco doce denso, Sauternes, Barsac)."

De uma forma mais genérica a harmonização das entradas pode ser feita com vinhos tintos jovens e frutados, sem maiores complexidades, assim como espumantes, que sempre são curinga.

Entretanto, quando se tratar de frutas secas, castanhas, nozes, pistache e amendoins, os vinhos mais indicados são os fortificados envelhecidos, como um Porto Tawny.
 
Em relação aos pratos principais, o peru pode ser acompanhado por um tinto seco maduro com taninos contidos e acidez presente ou um branco encorpado, o tender cairia bem com um tinto jovem e frutado e o pernil casa perfeitamente com um tinto jovem e de taninos macios ou um branco encorpado.

Além dos pratos que mencionamos acima, ainda temos o famoso bacalhau, que tanto pode ser harmonizado com tintos e brancos de acordo com o gosto de cada um. A Revista de Vinhos de Portugal, no ano de 2008, publicou uma degustação de diversos tipos de vinho com bacalhau, a qual transcrevemos no post de Natal do ano de 2010 e que vale conferir para quem quiser maiores detalhes neste link.

Para finalizar a noite, um bom Moscatel de Setúbal vai acompanhar as rabanadas e um Vinho do Porto Ruby vai fazer frente a um belo panetone com recheio de chocolate.

É isso pessoal. Um Feliz Natal para todos!

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