sábado, 19 de dezembro de 2015

Vinhos da Quinta da Romaneira são apresentados no Recife

No início desse mês tivemos a oportunidade de participar da apresentação do vinhos da Quinta da Romaneira no Recife, a qual foi brilhantemente conduzida por Ricardo Avillez, Diretor Comercial da Importadora Portus e Helton Silva, considerado o melhor sommelier de Pernambuco, no ano de 2014, pela Revista Prazeres da Mesa. Enfim, uma dupla de feras. Embora os vinhos da Romaneira ainda estejam chegando ao Recife, a história da vinícola não é recente:
"A história da Romaneira é bastante antiga, existindo, inclusive, diversas teorias em torno da origem do seu nome. No entanto, gostamos de pensar que o nome Romaneira remonta ao tempo em que os Romanos povoavam o Douro, altura em que, certamente, se teriam dedicado ao cultivo da vinha.

Em todo o caso, existem registros que atestam a existência de uma vinha na Romaneira nos séculos XVII e XVIII, período durante o qual a propriedade pertenceu a três famílias distintas: Sousa Guimarães, cujas iniciais surgem na porta da Quinta com a data de 1854, Lacerda, D. Clara de Lacerda deu o seu nome a uma das casas da propriedade, e Monteiro de Barros, que, em 1940, ampliou a quinta para o tamanho que hoje conhecemos.

Considerada como uma das principais quintas do Douro, a Romaneira aparece representada no mapa do Douro elaborado pelo Barão de Forrester. Não obstante, são feitas menções à propriedade em obras de grandes autores do século XIX, como Henry Vizetelly, que se dedicava ao estudo do Vinho do Porto. O Visconde de Vila Maior classifica ainda o vinho da Romaneira como "um dos melhores do Douro, notável pela sua suavidade, corpo e aroma". Aliás, os Vinhos do Porto da Quinta da Romaneira foram os primeiros Vinhos do Porto a ser leiloados pela famosa leiloeira Christies, em 1872.

Vila Maior elogia o carácter e a personalidade dos vinhos da Romaneira, que se deve, sobretudo, à Touriga Nacional. Esta casta representa, ainda hoje, a maior parcela de vinha plantada da Romaneira (cerca de 40%), um elemento chave para a produção dos seus melhores Vinhos do Porto – Porto Vintage – e vinhos de mesa tintos.

Um grupo de investidores apaixonados pelo Douro adquiriu a propriedade em 2004. A gestão da Quinta da Romaneira foi confiada à reconhecida dupla Christian Seely e António Agrellos, responsável, desde 1993, pelo renascimento de outra distinta propriedade do Douro, a Quinta do Noval. A esta parceria se deve a produção de alguns dos melhores Vinhos do Porto Vintage dos últimos anos, sendo também esta pioneira do movimento de produção de vinhos tintos de mesa no Douro. Para tal contribuiu a experiência adquirida ao longo dos anos por Christian Seely na gestão do Château Pichon Baron e do Petit Château Village, situados na famosa região de Bordéus.

Já com Christian Seely como director - e accionista - e António Agrellos como enólogo consultor, a Romaneira produziu uma série de grandes Portos Vintage (2004, 2005, 2007, 2008 e 2011).

Mas a verdadeira revolução na Quinta da Romaneira fez-se sentir, sobretudo, ao nível da produção de vinhos tintos de excelência, brancos e rosés. Este despertar para a "Revolução do Douro" deu-se em 2004. (...)"
Foram colocados em prova um tinto, um branco e um rosé da linha Sino da Romaneira, além do Quinta da Romaneira DOC e Reserva.

Todos os vinhos mostram, acima de tudo, seriedade e um perfil elegante. O branco e o rosé da linha Sino da Romaneira certamente não são vinhos para se degustar na beira da piscina, mas com uma bela refeição. O rosé, em especial, foge ao estilo de muitos que estão no mercado e que possuem uma doçura no aroma excessiva.

O tinto Sino da Romaneira merece destaque, porque apesar de ser o vinho tinto de entrada da vinícola, recebeu altas pontuações da crítica especializada, como por exemplo 91 pontos da Wine Spectator e 92 da Wine & Spirits. Ele faz jus a cada ponto recebido, com uma qualidade incomum para um vinho de entrada. No nariz foi possível sentir frutas vermelhas maduras, além de notas de cedro e pimenta do reino. Na boca mostrou bom corpo, boa acidez e persistência. Não há dúvidas de que vale os R$ 100,00 que custa em média no mercado.

O Quinta da Romaneira DOC possui muita força no nariz e na boca, mas sem perder a elegância. No nariz sentimos frutas negras maduras, cedro, noz moscada e cravo. Um vinho muito especiado, sem perder a fruta de vista. Na boca era encorpado com ótima acidez e persistência. Muito intenso. Os taninos são de qualidade, mas ficarão ainda mais macios com o tempo de guarda. Está sendo vendido por R$ 170,00 na Wine, certamente vale cada centavo.

Por fim, o Quinta da Romaneira Reserva entregou basicamente as mesmas sensações do DOC, só que com muito mais elegância no nariz e maciez na boca. Outro ponto de diferenciação entre eles é que o Reserva mostrou no nariz uma nota redutiva que lembrava cera de vela. Com certeza um vinho muito complexo e elegante. Segundo Ricardo Avillez ele está sendo vendido em média por R$ 400,00.

Os vinhos da Quinta da Romaneira esbanjam qualidade, estando entre os melhores do Douro. Vale conferir.
Informações extraídas do site da Quinta da Romaneira

2 comentários:

  1. Minha última viagem pelo Douro, novembro de 2015, fiquei sabendo através dos moradores de Pinhão no Douro, que a quinta da romaneira, pertence ao ilustre banqueiro brasileiro André Esteves. A quinta possuía um hotel de luxo, o qual foi desativado ao público e manteve o serviço apenas para familiares e amigos...um dia a casa cai.

    ResponderExcluir
  2. Minha última viagem pelo Douro, novembro de 2015, fiquei sabendo através dos moradores de Pinhão no Douro, que a quinta da romaneira, pertence ao ilustre banqueiro brasileiro André Esteves. A quinta possuía um hotel de luxo, o qual foi desativado ao público e manteve o serviço apenas para familiares e amigos...um dia a casa cai.

    ResponderExcluir